XXIII Nota - Marfim (título provisório)
por Jake De, domingo, 10 de outubro de 2010 às 18:52
Reverencio Miřio
Transcrita D' antepassado de D'eus
Ainda que juntos tenhamos ser
Desde as nossas origens
Reverencio Ye’Pá Bahuari-Mahsõ
“Uma Voz que soava
Miřio”
Bebo de seu vinho de Abiú
Fumo de seu tabaco, uhúpo
Benehé, Petã
Como as folhas de seu Ipadú
Visito as fontes de Seu Lago de Leite
Reverencio a Deusa Ye’Pá Bahuari-Mahsõ
E aos Criados por sua Terra e por seu Cosmos
Reverencio aos Humanos Antepassados
E ao presente que nos une
Para Além do Tempo e do Espaço
Reverencio o Tempo e o Espaço
Reverencio a Eternidade
Salve Oxalá, Salve todos os Orixás
Salve a Terra, as Mães da Terra e do Ar
Salve as Mães de todo Lugar
Salve a África, Europa, Ásia,
Himalaia
Salve a Terra do Sol Nascente.
Respeitar é o limite do passado triste.
Salve Todos os Pajés, Xapori, Xamãs, Kumuã, Miřio, Yaiwá,
Somos: O Oriente do Oriente
Somos: O Ocidente do Ocidente
Reverenciar, Amar, Cantar, Entregar-se
Dignificar, Exaltar
amplia, procria, estende, invade.
Exala em mim o cheiro do amor Cor de Marfim.
*A citação é da Mitopoética de Séribhi Teonari-Kumu, Gabriel dos Santos Gentil, no livro Mito Tukano Quatro Tempos de Antiguidades Histórias proibidas do Começo do Mundo e dos Primeiros Seres, Züriche, 2000.
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